1 de novembro de 2012

Administrador do hospital S. João sugere extinção imediata da ADSE

Em entrevista à rádio Renascença, o médico e administrador do Hospital de S. João, António Ferreira, defendeu “a extinção imediata da ADSE”, o subsistema de saúde para a Função Pública.

O presidente do conselho de administração do Hospital de S. João, no Porto, em entrevista ao programa Terça à Noite da rádio Renascença, considerou que a ADSE, o subsistema de saúde da Função Pública, devia acabar de "imediato", argumentando que “não é Serviço Nacional de Saúde (SNS)” e presta um serviço “extraordinariamente superior” ao que as pessoas pagam.
“Pelas minhas contas, qualquer coisa como mil milhões de euros é o que corresponde à despesa da ADSE, directa e indirecta. Não estou a falar só da despesa directa da ADSE, estou a falar também de tudo o que as outras instituições públicas pagam aos beneficiários da ADSE e que a ADSE não paga”, referiu António Ferreira, acrescentando que o seu “conselho seria o da extinção imediata” deste subsistema de saúde.
Nesta entrevista, o administrador do hospital de S. João sustentou também que para manter o SNS é essencial avançar com a reforma hospitalar, que contemple o encerramento de hospitais, fecho de urgências, e pela concentração das maternidades.
Sobre os novos médicos, António Ferreira considerou ainda que o Estado não pode continuar a “gastar cerca de 100 milhões de euros por ano a formar especialistas em Medicina que depois vão para o privado”.

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