21 de setembro de 2012

Cavaco e conversa com Portas impedem demissão de Passos

A reacção discordante do CDS à subida da Taxa Social Única (TSU), no passado domingo, levou o primeiro-ministro a ponderar a demissão, revela o semanário Sol, por considerar que lhe retirava autoridade perante o País para continuar a liderar o difícil programa de ajustamento e destruía a coesão política da coligação.

Apesar de na noite passada, os partidos do Governo PSD/CDS terem declarado, em comunicado, um novo compromisso para “melhorar níveis de articulação” e “empenhamento na responsabilidade orçamental”, a semana foi de grande tensão no seio da coligação, tendo o primeiro-ministro considerado mesmo o seu afastamento do cargo, adianta esta sexta-feira o Sol.
De acordo com o jornal, depois da declaração pública do líder do CDS, no passado domingo, o chefe de Governo adiantou ao seu círculo político mais próximo que estava a ponderar a sua demissão por entender que Portas lhe retirou autoridade política para manter-se na liderança do difícil programa de ajustamento e da consequente austeridade imposta aos portugueses.
Mas o risco da sua demissão transformar o País numa Grécia, tornando-o ingovernável e sem alternativa política que desse garantias aos credores internacionais, fez com que se sucedessem os apelos a Passos para que evitar esse cenário, conta o Sol.
O próprio Presidente da República, Cavaco Silva, iniciou um “ronda de intensos contactos”, escreve o jornal, para demover Passos e reaproximar os dois partidos da coligação.
Mas foi uma “dura” e “franca” conversa na passada segunda-feira entre o primeiro-ministro e o líder do CDS, revelaram fontes do Governo ao Sol, na qual Passos não escondeu o “enorme desagrado” com a “falta de lealdade e solidariedade dentro do executivo” e exigiu a Portas uma declaração pública de concordância com a política de consolidação orçamental e de vontade de entendimento com o PSD”, que terá mudado o rumo da história.
Depois do encontro da noite passada, e na véspera do debate quinzenal desta sexta-feira, PSD e CDS parecem ter ultrapassado este desentendimento no sentido de “assegurar a estabilidade política” do País, mas no seio social-democrata prevalece a convicção de que nada voltará a ser como antes entre Passos e Portas.

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