24 de setembro de 2012

Salários nominais baixam pela primeira vez em 14 anos

Pela primeira vez em 14 anos, os salários nominais em Portugal vão baixar em 2012 e continuarão "sob pressão" até se inverter a subida do desemprego, mostra um estudo da Mercer.

"Devido ao ciclo de ajustamento económico que atravessamos verifica-se um número excepcionalmente elevado de empresas (26% da amostra analisada) a congelarem os incrementos salariais como medida de redução do peso da massa salarial na estrutura de custos. Por outro lado, e devido ao efeito de novas entradas de colaboradores a níveis salariais mais baixos, verifica-se uma ocorrência rara: uma diminuição em termos absolutos dos níveis salariais agregados de muitas funções e níveis funcionais", explicou o responsável pela área de estudos de mercado da consultora em Portugal.
Salientando que o estudo da Mercer Portugal sobre tendências de compensação e benefícios é "o mais antigo que se realiza em Portugal, em continuidade desde 1998", Tiago Borges destaca que esta é "a primeira vez que existe uma redução absoluta dos salários nominais" no País, apesar de "desde pelo menos 2008" se verificar uma diminuição dos salários reais.
Segundo referiu, trata-se da "lei da oferta e da procura aplicada à formação de salários", traduzindo o "facto de a taxa de desemprego estar em níveis nunca antes atingidos em Portugal.
Neste contexto, Tiago Borges antecipa que, em 2013, "as perspectivas de incremento salarial continuem muito alinhadas" com 2012, devendo ficar-se entre 1,18% e 1,46%, contra os 1,4% a 1,46% deste ano.
"As empresas continuarão muito conservadoras a nível de incrementos salariais por política", considerou, prevendo que esta "tendência vai continuar enquanto exista uma pressão por parte do desemprego".

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