Assalto à bomba destrói mercado

Três caixas multibanco destruídas em Palmela, Alfândega da Fé e Póvoa de Varzim elevam para 16 os crimes com explosão de gás em mês e meio.

Vidros estilhaçados, portas, montras e tecto rebentados foram o reflexo da explosão que ontem arrasou o mercado da Quinta do Anjo, em Palmela, com mais um ataque à bomba a uma caixa ATM, com recurso a gás – o 16º em mês e meio. Antes, na mesma madrugada, outros dois assaltos com o mesmo método: na Junta de Freguesia de Sambade, em Alfândega da Fé, e nas bombas da BP em Terroso, Póvoa de Varzim.

Ao todo, nestes 42 dias, foram 16 caixas multibanco rebentadas – entre nove assaltos consumados e sete tentativas. A cada três dias é atacada uma caixa multibanco. E ontem os dois grupos no activo, um a atacar no Norte e outro no Sul do País, com extensão ao Centro, acederam ao dinheiro das máquinas em Palmela e na Póvoa de Varzim, o primeiro pelas 05h30 e o segundo às 03h00.

Na Margem Sul roubaram cerca de 20 mil euros e na Póvoa de Varzim não foi possível apurar o valor, embora seja "pouco", segundo fontes policiais. Este último grupo será o mesmo que, pelas 00h45, já tinha falhado um assalto em Alfândega da Fé – fizeram explodir a máquina mas não chegaram ao dinheiro.

Através de uma botija de gás ligada por fios eléctricos à caixa ATM e à bateria de um automóvel, os assaltantes destroem por completo as máquinas ATM, arrasando tudo à volta, como ontem na Quinta do Anjo. Lígia Sebastião, dona de um café no mercado, estava em choque: "Está tudo destruído. Tenho as montras todas partidas, num prejuízo enorme".

Os assaltantes invadiram o mercado com um Opel roubado horas antes, que deixaram no local – fugiram noutro. Já a máquina ATM da Caixa Agrícola, em Alfândega da Fé, tinha dois mil euros em notas de 10 que não conseguiram levar. "Ficou tudo destruído", lamenta o presidente da Junta de Freguesia de Sambade, Carolino Pimentel. No multibanco das bombas da BP, na Póvoa de Varzim, a explosão destruiu uma sala da gasolineira e danificou um camião que ali estava estacionado.

FONTE: Correio da Manhã