Responsáveis da Justiça discordam da decisão tomada pelo CEJ. Directora reuniu com o órgão de gestão e disciplina dos magistrados judiciais.
Os futuros magistrados que copiaram no exame da cadeira de Investigação Criminal e Gestão do Inquérito, ministrada no Centro de Estudos Judiciários (CEJ), deverão ter de repetir a prova. Apesar de a direcção ter resolvido dar nota 10 a todos os 137 auditores de Justiça alegando falta de tempo para realizar um novo teste, o Conselho Superior da Magistratura tem uma posição diferente e a situação vai ser reavaliada.
Nesse sentido foram também as reacções dos principais responsáveis pelo sector da Justiça que ontem se pronunciaram sobre o caso. O ministro da Justiça cessante Alberto Martins classificou o episódio como "lamentável", adiantando que as decisões tomadas pelo Conselho Superior da Magistratura e pelos órgãos responsáveis do CEJ vão no "sentido correcto" de fazer "uma avaliação definitiva da situação, averiguar o que se passou e tomar as medidas adequadas". Por sua vez, o procurador-geral da República, Pinto Monteiro, que ontem participou, em Lisboa, com Alberto Martins nos trabalhos do Eurojust (organismo europeu de cooperação judicial), considerou que o copianço dos auditores de Justiça é "eticamente censurável, lamentável e desprestigiante". A repetição do exame é para o vice-presidente do Conselho Superior da Magistratura, Bravo Serra, a solução que deve ser tomada depois de ter tido uma conversa com a directora do CEJ, Ana Luísa Geraldes. Bravo Serra referiu que esta "é a prática quando são encontrados indícios de adulteração". Num despacho de 1 de Junho, Ana Luísa Geraldes decidiu anular o teste em causa, mas atribuiu nota positiva de dez valores a todos os alunos.
FONTE: Correio da Manhã
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