Os condutores protestaram todo o dia com buzinadelas. Do ACP choveram críticas à câmara.
Começou por ser uma manhã de caos, mas a confusão prolongou-se pelo resto do dia. Uma das principais artérias de Lisboa, a Avenida da Liberdade, esteve ontem condicionada ao trânsito e os condutores não pouparam nas buzinadelas e nos protestos. O motivo? A montagem do Mega Pic-Nic, iniciativa que decorrerá no sábado.
Quem ontem desesperou nas longas filas de trânsito deve hoje, e nos próximos dias, evitar o eixo central do Marquês de Pombal-Restauradores. O condicionamento de trânsito vai manter-se até domingo, dia em que a circulação automóvel na Avenida da Liberdade e nos Restauradores estará completamente cortada.
O Automóvel Clube de Portugal (ACP) já reagiu com palavras duras ao sucedido, considerando que os cortes ao trânsito constituem um "desrespeito da câmara pelos seus habitantes". Segundo um comunicado enviado às redacções, o ACP considera que o Mega Pic-Nic não passa de uma acção de marketing - a iniciativa é de um hipermercado - o que torna a situação insustentável.
"Em vez de zelar pelo bem- -estar da comunidade, [a câmara] parece estar mais concentrada em promover festas populares para um hipermercado. Um evento, por mais importante que seja, não pode em circunstância alguma prejudicar a vida das pessoas", lê-se no comunicado.
Parafernália campestre O ACP contesta ainda os critérios que terão levado a autarquia a permitir os cortes de trânsito: "[...] não se percebe outro critério que não financeiro para instalar uma parafernália campestre na Avenida da Liberdade quando esta artéria foi muito recentemente intervencionada para atrair lojas de topo. A cidade de Lisboa é de todos e não pode nem deve ser alugada a terceiros para prejudicar a vida dos automobilistas."
Fonte da Câmara Municipal de Lisboa, citada pela agência Lusa, apenas adiantou que os cortes se vão manter. "Não podemos estabelecer um horário específico para cortes e condicionamentos. Apelamos é às pessoas que evitem ao máximo utilizar a Avenida da Liberdade", disse a mesma fonte.
FONTE: Jornal i
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