"Pobre" é o como o presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática, Miguel Abreu, avalia o teste da disciplina ontem realizado por cerca de cem mil alunos do 2º ano do primeiro ciclo do Ensino Básico. "A utilização de algoritmos ou a leitura de números é pouco ou nada avaliada", refere o dirigente, salientando a falta de "conteúdo matemático" do exame.
"Pedem-se também contagens de números demasiado baixos (até 25), quando os alunos poderiam ir, neste nível de escolaridade, até mil", refere em comunicado a Sociedade, concluindo os matemáticos: "Esperamos que esta prova não venha a servir de modelo para o próximo ano".
Outra crítica avançada respeita aos critérios de correcção que ocultam a cotação das perguntas. A Sociedade entende "que é possível obter 50 pontos respondendo de forma errada a todas as questões" – a resposta está errada mas é pontuada a proximidade à resposta certa.
Na Escola Victor Palla, em Lisboa, a maioria dos alunos considerou a prova fácil. Para Joana Martins, de 8 anos, o "teste correu bem. As perguntas eram fáceis e não tive dificuldade em responder", referiu. Menos confiante,
Bernardo Santos e Gonçalo Sabino confessaram ambos terem gostado das contas de multiplicar. O teste contou com a participação de 793 escolas e durou 90 minutos.
FONTE: Correio da Manhã
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