O padre de Valpaços, Manuel Alves, recusou rezar uma missa pedida pela tia da jovem de 16 anos a quem "negou" dar a hóstia por causa do decote, por ser sua familiar directa.
Felicidade da Cruz, residente em Valpaços, explicou à Agência Lusa que, no passado dia 11 de Junho, foi à Igreja Matriz falar com o pároco para marcar a missa de sexto mês de falecimento do marido e tio da jovem.
"O padre perguntou-me se eu era familiar da jovem que foi a um programa televisivo e eu, sem qualquer problema, disse-lhe que era tia.", afirma a lesada.
E, acrescentou, "disse-lhe que foi bruto e incorrecto com a minha sobrinha ao negar-lhe a hóstia por causa da roupa que vestia", pelo que deveria ter chamado a mãe à sacristia, no fim da eucaristia, para conversar com ela.
Quando o sacerdote soube que Felicidade da Cruz era tia da jovem comunicou-lhe que não iria rezar-lhe a missa porque, além de ser familiar da rapariga, não teria pago a côngrua paroquial (contribuição financeira dos paroquianos para sustento do padre), com o valor anual de 25 euros.
"Abri a carteira e mostrei-lhe o recibo de pagamento da côngrua e disse-lhe que, já que não me rezava a missa, então que me devolvesse o dinheiro [25 euros]".
Manuel Alves insistiu que não lhe celebrava a missa e devolveu-lhe o dinheiro depois de o sacristão ter confirmado o pagamento da côngrua paroquial. Posto isto, Felicidade da Cruz teve de ir pedir um padre de uma aldeia do concelho de Valpaços para rezar a "missa de mês" ao falecido marido.
Indignada com o sucedido, Felicidade da Cruz enviou uma carta ao bispo de Vila Real, Amândio Tomás, relatando o sucedido e anexando uma fotocópia do recibo do pagamento da côngrua paroquial.
Na missiva, a que a Lusa teve acesso, a mulher adianta que é "inadmissível" ter um padre na cidade e ter que ir "pedir" a um sacerdote de outra aldeia do concelho para rezar a missa.
FONTE: Correio da Manhã
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