L.T., 49 anos, agente principal, forçou enteada, de 7 anos, a satisfazer-lhe os desejos sexuais. Ontem, em tribunal, admitiu a prática de dois crimes.
Durante um ano L. T., agente principal da PSP, transformou a vida de uma menina de sete anos num verdadeiro pesadelo. Entre Setembro de 2006 e Agosto de 2007 o polícia obrigou a enteada a satisfazer--lhe todos os desejos sexuais. Ontem, no Tribunal do Seixal, o agente de 49 anos assumiu pelo menos dois crimes – um na cozinha de casa e outro num armazém da PSP no bairro da Bela Vista, Setúbal.
"Em casa era normal andarmos nus e houve um dia que eu estava a fazer pipocas para a J. [a vítima] e ela apareceu na cozinha, agarrou--se à minha cintura, mexeu-me no pénis e eu descontrolei-me", confirmou o arguido ao colectivo de juízes no Tribunal do Seixal.
Apesar de tudo, L. T., que chorou no tribunal, continua a trabalhar na PSP, nos serviços internos do comando de Setúbal. "A demissão de qualquer trabalhador da Administra-ção Pública somente pode ter lugar em processo disciplinar, estando este a decorrer, paralelamente ao processo-crime", esclareceu o comissário Paulo Flor, porta-voz da Direcção Nacional da PSP (ver caixa).
Os oito abusos de que é suspeito ocorreram na casa de banho, na cozinha, no sofá, no carro-patrulha, num descampado e num armazém no bairro da Bela Vista. A menina era forçada a tocar nos genitais do polícia até ele ejacular.
O agente, que disse gostar da menina "como uma filha", defendeu-se: "Ela [a vítima] falava recorrentemente de sexo e era muito astuta nesse sentido. Ela costumava tocar-me", disse, para revolta dos presentes na sala de audiência.
Emocionada, C.G., mãe da menina, disse que a criança, agora com 12 anos, está "constantemente em depressão, tem pesadelos e más notas. Às vezes até me diz que quer morrer", disse a mulher.
FONTE: Correio da Manhã
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