Tiroteio em centro comercial cheio de gente.
O Funcenter, espaço de diversão do Centro Comercial Colombo, em Lisboa - frequentado diariamente por milhares de famílias e crianças - serviu, anteontem à noite, de palco a um tiroteio que provocou o pânico entre os visitantes e terminou com quatro baleados, dois deles em estado grave.
Uma rixa entre clãs rivais - do bairro do Armador, em Chelas, e do bairro de Santos, no Rego, Lisboa -, todos de etnia cigana, terá sido a razão pela qual foram disparados vários tiros no estabelecimento comercial, que atingiram quatro homens envolvidos no ajuste de contas.
João Lima, 28 anos, foi atingido na zona pélvica, tendo ficado com uma bala alojada no fémur. Ruan Fernandez, 39, foi alvejado três vezes - no peito, tendo ficado com um projéctil alojado junto ao coração, num braço e numa nádega. Vítor Lima, 24, e outro homem de 26 anos, que não está identificado, foram atingidos de raspão (ver caixas).
Os autores dos disparos não foram ainda identificados. Segundo fonte policial, a maioria das armas utilizadas - pistolas de calibre 6.35 - foram " deixadas no local, mas não está ainda apurado a quem pertencem" porque "as câmaras de vigilância do Fun Center não estavam em funcionamento". O CM tentou contactar Ernesto Farinha, director do Funcenter até ao fecho da edição, mas sem êxito.
O tiroteio, para além de quatro feridos, provocou também uma onda de medo nos visitantes e lojistas que ouviram os disparos. "Começámos a ver imensa gente a descer as escadas a correr, ciganas descalças aos gritos, clientes a chorar, apavorados. Temi pela minha vida" contou ao CM uma lojista.
A investigação do tiroteio está a cargo da secção de Homicídios da Polícia Judiciária.
FAMÍLIAS 'ACAMPAM' NOS HOSPITAIS
As famílias dos feridos passaram todo o dia de ontem ‘acampadas' em frente ao Hospital de Santa Maria e de São Francisco Xavier, em Lisboa, onde os familiares estão internados, apoiando-os e esperando novidades. Todos os familiares se recusaram a prestar quaisquer declarações, referindo apenas que agora "está nas mãos da Justiça".
FONTE: Correio da Manhã
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