30 de agosto de 2012

Paulo Portas em rota de colisão com Passos Coelho

A relação entre os dois partidos de Governo está a ficar cada vez mais difícil. Paulo Portas não gostou de saber que o novo modelo para a RTP foi apresentado por António Borges e rejeita impreterivelmente um novo aumento de impostos para o Orçamento do Estado para 2013.

A solução para a RTP e as medidas para o Orçamento do Estado para próximo ano estão a criar uma tensão crescente nas relações entre o PSD e o CDS, parceiros de coligação. Paulo Portas já teria recebido um dossier com algumas das conclusões do Governo para o canal público, mas não teve tempo para dar a opinião do partido. António Borges lançou a bomba na entrevista na TVI e Paulo Portas não gostou. Segundo o jornal Público, o líder do CDS fez questão de dizer claramente isso a Pedro Passos Coelho. A RTP sempre foi uma divergência entre os dois partidos de Governo, tanto que para o CDS o canal não é para privatizar. Paulo Portas cedeu em parte neste ponto, ao permitir que se venda um dos canais de televisão, mas o outro canal e as rádios teriam de ficar para o Estado. Agora, parece que o PSD tirou o tapete ao parceiro de coligação.
Se neste ponto, a relação está difícil, a preparação do Orçamento para 2013 promete ser uma verdadeira dor de cabeça. O CDS não quer mais impostos, nem para as famílias, nem para as empresas. O partido está intransigente neste ponto, tanto que várias personalidades centristas deixaram clara essa posição. Para o partido de Paulo Portas, não existe margem para pedir mais esforços aos portugueses. Por outro lado, aumentar a carga fiscal das empresas seria levar muitas para a falência.
A coligação parece assim com mais dificuldades em trabalhar, numa altura em que os técnicos da troika vão ditar se dão mais tempo a Portugal ou se encontram mais medidas para a carteira dos portugueses.

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