13 de agosto de 2012

Recorrente mantém vantagem em Medicina

As vantagens dos alunos do ensino recorrente (antigo nocturno), que lhes tem permitido ultrapassar outros candidatos no acesso a cursos de média elevada, como Medicina, levaram o Governo a mudar a lei, mas este ano ainda poderá haver ultrapassagens.

O Ministério da Educação e Ciência (MEC) pretendia que a mudança se aplicasse já em 2012, com os estudantes do recorrente a serem obrigados a realizar exames, mas 295 alunos contestaram, em duas acções separadas, e o Tribunal Administrativo de Lisboa deu-lhes razão, considerando que as regras tinham sido mudadas a meio do jogo.
Estes 295 estudantes puderam assim concorrer de acordo com as regras antigas, obrigando o MEC a alterar a plataforma electrónica de candidaturas, esclareceu a tutela, em resposta a questões do CM. "Após esclarecimento do Tribunal sobre a aplicação da sentença, os alunos em causa candidatam-se segundo as regras anteriores. A plataforma de candidatura foi adaptada para esse efeito", afirmou fonte do MEC.
O receio de novas ultrapassagens levou à criação de um grupo no Facebook, que ontem contava com mais de 350 membros. Uma petição pela aplicação imediata da lei corria no grupo. Era também ponderada uma exposição à Provedoria de Justiça. Em 2011, três alunos entraram em Medicina através do recorrente. São alunos que, após concluírem o secundário, se matriculam no recorrente em externatos, para melhoria de nota. Em apenas um ano sobem a média interna (que conta 50%) para notas perto de 20 valores e aproveitam as classificações dos exames do ano anterior para aceder ao superior. Com a alteração à lei, introduzida por Nuno Crato, passarão a ter de realizar quatro exames e a média interna do recorrente deixa de contar.

Recorrente mantém vantagem em Medicina - Ensino - Correio da Manhã

Nenhum comentário:

Postar um comentário