Os preços dos alimentos podem duplicar nos próximos 20 anos, em relação aos de 2010, com as alterações climáticas e a multiplicação dos eventos extremos associados, como secas, inundações e furacões, previu hoje a Oxfam, noticia a AFP.
Em relatório publicado hoje, esta organização não-governamental (ONG) sustentou que os efeitos do aquecimento do clima estão “subestimados”. A Oxfam espera que “as mudanças lentas das temperaturas médias e dos padrões de precipitação”, desfavoráveis à agricultura, sejam acompanhadas de “perdas de culturas em resultado de acontecimentos meteorológicos extremos, que vão ser mais frequentes e mais intensos”.
Em 2030, antecipou, o risco acrescido de uma seca similar à que afeta os Estados Unidos desde junho, a mais grave em meio século, pode causar a subida do preço do milho em “140 por cento” em relação aos valores atuais.
O documento, intitulado “Tempo Extremo; Preços Extremos” (“Extreme Weather, Extreme Prices”), baseia-se na investigação do Instituto de Estudos de Desenvolvimento, da Universidade britânica de Sussex, encomendada pela Oxfam.
O Grupo Intergovernamental de Peritos sobre a Evolução do Clima (GIEC) prevê um aumento da temperatura média entre 2,5 e cinco graus centígrados até ao fim do século, acompanhado de “acontecimentos climáticos extremos sem precedente”.
Apesar dos seus compromissos, a comunidade internacional não consegue reduzir as emissões de dióxido de carbono responsáveis pelo aquecimento da atmosfera.
O Banco Mundial já adiantou que, com a seca nos EUA, os preços do milho e dos grãos de soja já subiram, respetivamente, 25 e 17 por cento, de junho para julho, tendência esta que se manteve em agosto.
Preço da alimentação pode duplicar nos próximos 20 anos devido às alterações climáticas | iOnline
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