3 de junho de 2011

Mulher agredida por padre devido a baptizado

António Antão, de 89 anos, bate em mulher que estava com a filha de nove meses ao colo.

Uma mulher foi agredida a murro pelo padre de Oliveirinha, Aveiro, depois de uma discussão originada pelo baptizado da filha da vítima. O padre António Antão, de 89 anos, não fala sobre o assunto e o bispo de Aveiro, D. António Francisco, garantiu, ao Correio da Manhã, que o problema está "resolvido". Na freguesia, a população diz que o que se passou na terça-feira não é novo.

"Não vou retirar a queixa", afirma Sandra Benavente, de 35 anos, que, na última terça-feira, foi à residência paroquial tratar do baptizado da filha, de nove meses. A discussão terá começado por causa da certidão do crisma da madrinha, irmã da vítima. "Ela está a dar aulas em Quarteira, Algarve, mas tem todo o seu percurso religioso aqui e, por isso, não tinha sentido pedir o documento lá", explica Sandra.

Com a bebé ao colo, a mulher insistiu com o pároco, mas ele acabou por injuriar Sandra Benavente, expulsando-a da habitação. O caso azedou quando chegaram duas outras mulheres e o pároco insinuou que Sandra já se teria prostituído. "Pedi-lhe explicações, ele ameaçou-me e eu disse-lhe: se quer bater, bata", conta a paroquiana.

O padre Antão não se fez rogado e começou a agredir a murro a mulher, com a bebé ao colo. "Foi horrível. Ele empurrou-a, ela quase caiu e, por sorte, a bebé não bateu com a cabeça na esquina de um móvel", contou uma testemunha. Assustada, a mulher retirou a menina dos braços de Sandra.

"Ele ficou ainda pior, parecia que estava possuído, e pôs-me fora de casa ao murro", diz a vítima, que apresentou queixa na PSP e fez exames no Gabinete de Medicina Legal de Aveiro. Nos braços, costas e peito, as marcas das agressões são visíveis.

Contactado pelo CM, o bispo de Aveiro, D. António Francisco, garantiu que "o problema já está sanado", sem adiantar mais pormenores sobre o futuro do pároco.

O CM procurou também ouvir a versão do padre António Antão, mas não foi possível. De acordo com a justificação da empregada, o pároco encontra-se doente.

FONTE: Correio da Manhã

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