José Sócrates alega que não leu o processo de difamação movido pela jornalista Manuela Moura Guedes e diz que existem irregularidades no mesmo.
Segundo o requerimento de instrução a que o CM teve acesso, o primeiro-ministro solicita ainda ao Supremo Tribunal de Justiça que invalide o regresso do caso ao Tribunal de Instrução Criminal.
Francisco Pimentel, advogado de Moura Guedes, diz que "passou o prazo para arguir irregularidades do processo", mas que será o Supremo a pronunciar-se sobre a matéria. O advogado explicou ainda ao CM que José Sócrates "foi notificado a 26 de Dezembro de 2010 e que então não se pronunciou sobre irregularidades no prazo dos três dias úteis".
Contudo, a "26 de Janeiro de 2011 disse que não havia provas para ser acusado, e em Maio de 2011 alega que não leu o processo e que havia irregularidades. Diz que não deve ser acusado, confessando que não sabe o que lá está? Isto só pode ser uma brincadeira", acusa Francisco Pimentel.
Em resposta ao requerimento de José Sócrates, no qual se lê que "durante a preparação do requerimento de abertura de instrução nem o denunciado nem os seus mandatários consultaram os autos", o advogado de Moura Guedes considera que tal afirmação "é demonstrativa do modo como o arguido encara a justiça, os tribunais, as regras processuais...".
Recorde-se que a jornalista formalizou a queixa-crime depois de uma entrevista de José Sócrates à RTP, a 22 de Abril de 2009, no qual a acusou de fazer uma "caça ao homem" em vez de jornalismo e classificou o noticiário como "um telejornal travestido".
O CM contactou o escritório do advogado de José Sócrates, David Sequeira Dinis, o qual mandou dizer pela recepcionista que não estava disponível.
FONTE: Correio da Manhã
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