Executivo quer incluir perda de 2 mil milhões em 2008. CDS acusa governo de mentir sobre os custos do BPN para o contribuinte.
O governo tentou diluir em vários anos as perdas para o Estado resultantes da nacionalização do Banco Português de Negócios (BPN), soube o i. E chegou a conversar com o Eurostat, o organismo da União Europeia (UE) que fiscaliza as contas dos estados-membros sobre esta hipótese.
A estratégia permitiria suavizar o impacto nas contas do Estado e ganhar tempo para recuperar perdas potenciais e reduzir o prejuízo. No entanto, o cenário acabou por não passar nas conversas com o Eurostat.
Depois de adiar a privatização do banco, Portugal está agora a tentar contabilizar o chamado buraco do BPN, que é a sua situação líquida negativa de 2 mil milhões de euros, nas contas de 2008. A revelação foi feita pelo secretário de Estado do Tesouro, Carlos Costa Pina, em entrevista ao "Expresso".
A ser aceite pelo Eurostat, a opção tem duas consequências importantes. Por um lado, o governo é forçado a reconhecer, pela primeira vez, que o prejuízo para o Estado e para os contribuintes da nacionalização pode ascender a 2 mil milhões de euros. Este era o capital próprio negativo do banco após a correcção de contas e provisões efectuadas já depois da nacionalização em 2008 e não se alterou muito desde então. O executivo sempre recusou quantificar a perda com o argumento de que era preciso esperar pela recuperação dos activos e pela privatização para apurar o valor.
Por outro lado, Portugal evita um efeito pior nas contas presentes e futuras do défice nacional, embora tenha de rever em alta o défice de 2008 para mais de 3%.
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FONTE: Jornal i
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