Duas semanas após o anúncio de que o preço dos medicamentos ia baixar em Abril, a ministra da Saúde, Ana Jorge, afirmou ontem que afinal os preços estão congelados por dois anos.
O Ministério da Saúde está ainda "a preparar a revisão da metodologia das comparticipações", mas segundo Ana Jorge "isso não significa que haja alteração do valor das comparticipações". A ministra não rejeitou contudo que possa haver mais encargos para os utentes.
Após o acordo com a Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma), presidida por Almeida Lopes, a ministra Ana Jorge afirmou ainda que nos últimos seis meses "dois mil medicamentos já foram objecto de redução voluntária do preço".
Ou seja, é a indústria que decide se baixa os preços dos remédios e se sim, de quais.
A partir de Abril, o preço de 500 medicamentos, incluindo o omeprazol (tratamento de problemas gástricos, artrite, espondilite) e a sinvastatina (para baixar os níveis de colesterol), devem baixar 38% e 30%, respectivamente. De fora do acordo fica a redução do preço de 190 remédios.
Segundo a ministra, o acordo permite "uma redução da despesa em 234 milhões de euros em 2011, uma poupança adicional de 100 milhões de euros e uma redução da despesa em 2012 de 120 milhões".
As medidas mereceram fortes críticas da Oposição. João Semedo, do Bloco de Esquerda, veio entretanto afirmar que, "mantendo--se os preços sem descer e diminuindo as comparticipações no preço, tal como é anunciado no PEC 4, os portugueses vão pagar mais caro os medicamentos".
Já a deputada do CDS-PP Teresa Caeiro criticou o Governo por recuar na intenção de baixar os preços e "fazer poupanças para o Estado sem pensar na população mais vulnerável, mais idosa, que tem de comprar remédios".
FONTE: Correio da Manhã
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