Irmãs foram impedidas de velar a mãe e exigem levantamento do corpo, enterrado ontem.
Pela segunda vez em três dias a PSP foi chamada a intervir no funeral de Esmeraldina Pinto, a idosa de 88 anos falecida no Lar Rosa Tejo, em Santa Iria da Azóia (Loures). Na segunda-feira, o funeral foi interrompido porque as filhas de Esmeraldina, Isabel Boaventura e Isaura Pereira, exigiram a realização de autópsia. Ontem, a PSP foi chamada de novo ao Cemitério da Apelação, enquanto decorria o acto fúnebre: como não puderam velar a mãe, as duas irmãs apresentaram queixa no Ministério Público e exigem que o corpo seja levantado.
"A minha mãe pode não estar no caixão e pode não ter sido autopsiada", contou Isabel Boaventura. Em causa está o facto de não terem recebido o relatório de autópsia do Instituto de Medicina Legal e de não terem visto o corpo no caixão – acusam os irmãos de organizar o funeral sem o seu conhecimento.
As filhas de Esmeraldina explicaram ainda que já fizeram queixa do lar por "ocultação de cadáver", pois a idosa terá falecido na noite de sábado, mas as filhas só foram informadas na manhã de domingo. "Não compreendo porque é que o Manuel [irmão mais velho] não exigiu a autópsia", referiu Isabel. Questionado pelo CM, Manuel Canelas apenas referiu que "existem médicos para tratar destes assuntos".
A PSP acabou por deixar o cemitério após a intervenção do presidente da Junta de Freguesia da Apelação. António Louro, que também estava no funeral, solicitou a saída dos agentes policiais do cemitério, alegando que não podiam estar armados dentro das instalações, tendo também solicitado a retirada da viatura policial.
Fonte da PSP explicou que foram chamados ao local, pelo Ministério Público, agentes da esquadra de Sacavém. Confrontados com a animosidade do presidente da Junta da Apelação, os polícias identificaram o autarca e retiraram-se para a esquadra. Será feito expediente para o Tribunal de Loures, para eventual procedimento criminal.
FONTE: Correio da Manhã
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Imprecisões da notícia à parte (o costume) esta é uma das notícias lamentáveis porque evidencia que, nem na morte, se preserva a dignidade dos seus defuntos. É mesmo o vale tudo! Estamos realmente numa sociedade doente, muito doente!...
ResponderExcluirDantes os fenómenos eram atribuídos à localidade do Entroncamento, agora há uma fixação sobre acontecimentos "lamentáveis" que ocorrem na Freguesia de Apelação, até há pouco mais de uma dúzia de anos desconhecida de jornalistas, estações de rádio, de televisões. etc.
ResponderExcluirMas olhem que continua a haver por cá coisas boas e pessoas normais,só que não são notícia!