Todos os dias, mais de 130 condutores abastecem e fogem sem pagar.
Está a aumentar de forma significativa o número de condutores que abastecem e fogem sem pagar, constata a Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis (ANAREC), que recebe dos seus associados cada vez mais relatos de fugas em postos de abastecimento.
Com base no número de queixas que lhe vai chegando, a associação estima que cada posto registe, em média, três fugas por mês, o que representa, em todo o País (1300 bombas de gasolina), cerca de 130 condutores por dia que abastecem e fogem sem pagar.
"Usam as mais diversas técnicas, desde matrículas falsas à ocultação da matrícula, ou mesmo, em bombas sem videovigilância exterior e em que é o funcionário a fazer o abastecimento, o uso de tampões sem chave, procedendo à fuga sem que o empregado se aperceba da matrícula", disse ao Correio da Manhã António Amaral, vice-presidente da ANAREC.
Segundo este responsável, "a crise que o País atravessa e os elevados preços da gasolina e do gasóleo têm feito aumentar este tipo de crime no nosso país".
Referindo que o projecto ‘Posto Seguro’, em funcionamento há cerca de cinco anos através de um acordo da ANAREC com o Ministério da Administração Interna, "já teve melhores dias", António Amaral sublinhou também que "esse programa tinha como objectivo os assaltos às bombas e não as fugas sem pagar, o que, em nosso entender, é um erro, uma vez que abastecer e não pagar não deixa de ser um assalto".
António Dias, dono de um posto na zona do Porto, disse ao CM que "só esta semana fugiram daqui dois sem pagar". Também Joaquim Abreu, dono de uma bomba em Braga, disse que, só este ano, já perdeu quase 500 euros em fugas. As margens estão apertadíssimas, e um rombo de 180 euros por mês tem um peso muito significativo", disse.
Tendo como média os 60 euros para encher o depósito, os revendedores estão a registar, por causa das fugas, prejuízos na ordem dos 240 mil euros por mês.
FONTE: Correio da Manhã
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