Um rapaz de oito anos de idade já esteve preso cinco vezes desde Novembro de 2010 por agredir a professora numa escola da Florida (EUA), e saiu sempre em liberdade porque os juízes consideraram que é demasiado novo para estar preso num reformatório. Ainda assim, castigaram a mãe da criança por não o ajudar. “Ele é da sua responsabilidade, nós não queremos estar envolvidos na vida dele”, disseram.
O rapaz foi preso pela quinta vez esta semana e compareceu no tribunal acompanhado por três guardas de Orange County depois de ter estado preso três dias num centro de detenção juvenil. O nome do rapaz não foi divulgado por este ser menor de idade.
De acordo com o relatório prisional, antes da sua detenção o rapaz tinha atirado cadeiras, livros e a sua secretária aos colegas de turma da escola primária de Riverside, onde se encontra numa turma especial de alunos com sérios problemas emocionais.
A policia disse que a criança deixou a escola e subiu a um muro com cerca de 1,2 metros e começou a atirar paus à funcionária que ia atrás dele, sem que este a tivesse ferido. Segundo as autoridades, a criança ainda agarrou num pequeno tubo e atirou-o à mulher.
No mês passado, depois de o rapaz ter ficado frustrado com um trabalho, ocorreu outro incidente, quando começou a atirar livros dentro da sala.
De acordo com o relatório da policia, o rapaz foi expulso pela professora depois de esta ter sido mordida no joelho quando o tentava segurar.
Segundo a policia, o rapaz esteve "calmo e cooperante" com os guardas que o interrogaram, referindo ainda que já tinham sido chamados noutras ocasiões devido a incidentes semelhantes com o rapaz de oito anos.
"Faço isto porque fico chateado quando ninguém lê para mim", disse a criança aos agentes da polícia.
Durante a audiência da sexta-feira o juiz ordenou que a criança continue a participar nas actividades de tempos livres na escola e tenha aconselhamento por parte de um adulto.
O advogado do jovem perguntou se a escola tem ajudado a criança, uma vez que esta é hiperactiva e necessita de medicação para se controlar.
"O que quer que tenha acontecido na escola será investigado", disse o advogado da criança.
O responsável pelas escolas do distrito disse que "chamar a policia é sempre a última medida a ser tomada, porque não queremos que as nossas crianças sejam presas".
"Quando temos que proteger uma criança e a nossa equipa não pode usar outros meios. Aí chamamos ajuda", disse o responsável pelas escolas do distrito.
FONTE: Correio da Manhã
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