A qualidade de Portugal como bom pagador de dívidas é menor, de acordo com a Moody's.
Poucos minutos após a entrevista do primeiro-ministro, José Sócrates, à SIC, a agência emitiu um comunicado onde decide descer o rating da República em dois níveis, de A1 para A3, avisando que pode tornar a fazê-lo daqui a 12 meses, pelo menos.
A empresa explica que são quatro as razões que levaram à despromoção do país: "perspectivas de crescimento e ganhos de produtividade no curto a médio prazo fracos até que as reformas estruturais, especialmente no mercado de trabalho e no sistema de justiça, comecem a dar frutos"; "riscos de implementação das metas ambiciosas do governo em matéria de consolidação orçamental"; risco de o Governo ter de expandir ainda mais as ajudas ao sector bancário e às instituições públicas, que actualmente não conseguem aceder aos mercados para se financiar; e aos custos cada vez menos aceitáveis (taxas de juro) para o Governo se financiar.
Mesmo que o país peça ajuda ao fundo europeu/FMI de resgate, a Moody's tem dúvidas relativamente ao tempo que Portugal irá precisar para ganhar, de novo, confiança e acesso aos mercados normais de crédito. Numa situação normal de resgate, Portugal poderia ficar agarrado ao fundo de salavamento durante três anos. A Moody's considera que poder demorar mais que isso.
FONTE: Diário de Notícias
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