O antigo vice-presidente do BCP, Armando Vara, que saiu do banco no Verão de 2010 devido ao alegado envolvimento no processo ‘Face Oculta’, recebeu 562 mil euros de indemnização, a que se somam aos 260 mil euros de remuneração fixa.
Vara suspendeu as suas funções no maior banco privado português em Novembro de 2009, quando o seu nome foi ligado ao processo ‘Face Oculta’, que se prende com alegados casos de corrupção e outros crimes económicos relacionados com o negócio da sucata e que tem 36 arguidos.
Apesar de não ter exercido qualquer actividade no BCP desde o final de 2009, Vara recebeu um total de 822 mil euros do banco em 2010, um valor que supera, inclusive, os 647 mil euros auferidos pelo presidente Carlos Santos Ferreira.
No total, os nove administradores (oito, excluindo Vara) do BCP receberam 4,1 milhões de euros no ano passado, parte dos quais relativos à remuneração fixa no banco e, numa proporção muito menor, relativos à remuneração relacionada com empresas participadas.
No Relatório do Governo Societário de 2010 enviado esta sexta-feira pelo BCP à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o banco explicou que o contrato de cessação do vínculo de Vara à instituição foi celebrado "exclusivamente no interesse da sociedade e proteção da imagem do banco".
E justificou que esta indemnização 'milionária' corresponde às remunerações fixas que seriam recebidas Vara até ao termo previsto para o exercício de funções para as quais foi eleito no início de 2008.
Vara é arguido no processo ‘Face Oculta’, sendo acusado de três crimes de tráfico de influências.
FONTE: Correio da Manhã
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