Cinco trabalhadores da central nuclear de Fukushima-Daiichi morreram desde sexta-feira , 22 ficaram feridos e dois estão dados como desaparecidos, segundo o jornal Telegraph.
Ontem , o número de operários a trabalhar na central nuclear de Fukushima-Daiichi subiu de 50 para 180. Considerados autênticos heróis pela população, estes técnicos tentam por todos os meios arrefecer os reactores de modo a evitar a fusão nuclear e a consequente emissão de matéria radioactiva para a atmosfera, colocando as suas próprias vidas em perigo.
O director da Comissão Reguladora Nuclear alertou o Congresso americano para o facto de estes trabalhadores estarem sujeitos a "doses letais" de radiação. Isto precisamente no dia em que o Governo nipónico aumentou o nível máximo de radiação a que podem estar expostos, de 100 millisieverts (unidade de medida da radiação) para 250. "Inevitável dadas as circunstâncias", justificaram as autoridades japonesas.
No domingo, o número de operários ascendia aos 1450, segundo o porta-voz da Agência de Segurança Nuclear do Japão, Yoshihiro Sugiyama. Para evitar que estivessem muito tempo expostos à radioactividade, trabalhavam por turnos muito curtos, acrescentou o mesmo responsável. Porém, dado o agravamento da situação na central nuclear, esse número foi sendo sucessivamente reduzido.
Na terça-feira, 750 trabalhadores foram evacuados, devido às nuvens de radioactividade que começaram a ser expelidas, ficando apenas um núcleo de 50 homens. Ontem, os níveis de radiação baixaram drasticamente, pelo que foi autorizado o regresso de mais 130 operários a Fukushima-Daiichi. Trabalham em equipas de 50, razão pela qual são já conhecidos por "Fukushima 50".
E por pequenos turnos para que possam descansar e descontaminar-se com frequência. Enquanto os restantes colegas foram colocados num perímetro de segurança, estes arriscam as próprias vidas para evitar que a catástrofe seja ainda maior.
FONTE: Jornal de Notícias
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário