23 de abril de 2011

235 entregaram carros do BPN

Funcionários devolveram os veículos mas vão avançar para tribunal. Seis elementos que recusaram a ordem vão ser alvo de processo disciplinar.

O Banco Português de Negócios (BPN), liderado por Franscisco Bandeira, exigiu a 330 funcionários a devolução dos automóveis de serviço, para obter activos, ou a opção pela sua compra. A ordem foi cumprida por 235, que já devolveram os carros. Seis funcionários recusaram e serão alvo de processos disciplinares, confirmou ao CM fonte da instituição.

Os restantes 89 trabalhadores notificados "pediram para entregar os veículos até ao final do mês", sendo que a gestão do BPN vai recorrer à PSP para "confiscar os carros" dos seis funcionários que não acataram a decisão, adiantou a mesma fonte. No início deste mês, 330 gestores do banco, directores de serviços, gerentes de balcão, ex--administradores e chefes de delegação receberam uma carta da actual gestão para que devolvessem as viaturas do banco que lhes estavam atribuídas.

Ao que o CM apurou, apesar do cumprimento da instrução dada pela administração, há um lote de cerca de cem funcionários que ponderam avançar com processos em tribunal pela retirada dos carros. Esta intenção é confirmada por Teixeira Guimarães, presidente do Sindicato dos Bancários do Norte. "Vamos interpor várias acções individuais", disse ao CM, adiantando que "pelo menos 12" deverão dar entrada em tribunal após as férias judiciais da Páscoa.

As condições impostas pelo BPN para a compra dos veículos foram um factor decisivo para que a maioria dos trabalhadores visados tivesse optado pela devolução. "O preço que o banco está a colocar é quatro vezes superior ao valor residual inscrito nos contratos", explicou ao Correio da Manhã fonte conhecedora do processo, adiantando que o banco "colocou o preço de venda como se os trabalhadores fossem uma empresa financeira".

O elevado preço pedido, tendo em conta que as viaturas têm vários anos, é especialmente criticado, pois os carros foram entregues a uma leiloeira, que depois os revenderá, "muito provavelmente", a valores abaixo do preço de mercado.

ANTIGOS GESTORES DE OLIVEIRA COSTA MANTÊM REGALIAS

A decisão de retirada dos carros aos funcionários do BPN é criticada dentro da instituição. "Não pelo fim do benefício, mas pelo critério de escolha", adianta ao CM fonte ligada ao processo. "Só os administradores que não têm carro da CGD deveriam ter viatura de serviço", acrescenta.

Aliás, nomes ligados à administração de Oliveira e Costa, como Armando Pinto (ex-administrador) e Gabriel Rodes (director de contencioso), não foram visados pelo fim desta regalia, o que gerou desconforto na instituição.

FONTE: Correio da Manhã

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