A viver há 25 anos na Suécia, Carlos Quaresma criou uma fundação que envia toneladas de material ortopédico para hospitais e instituições em Portugal e confessa que recebe agora mais pedido de ajuda do que nunca.
"Quando vim para Suécia abri uma fundação - a AGAPE - que tem trabalhado não só para Portugal como para todo o Mundo. Já enviámos material para 93 países do mundo", diz à Agência Lusa.
Na segunda-feira, chega um camião a Bragança e estão já agendadas doações para os Açores, Bombarral, Oeiras, Moncorvo, Algarve e Aveiro. "Temos recebido muitos pedidos de Portugal", diz Carlos Quaresma.
O material ortopédico que envia, cadeiras de rodas, camas eléctricas, andarilhos eléctricos e canadianas, entre outros, é dado à fundação AGAPE pelos hospitais suecos.
"Aqui renovamos todos os anos os hospitais e as clínicas. Como eu trabalho para o Estado e abri a fundação, esse material vai todo para a fundação e, a partir daí, é doado para quem pede", explica à Lusa.
Desde que começou com este trabalho solidário, Carlos Quaresma já enviou 78 camiões com material para Portugal, de 12 a 15 toneladas cada um.
Do lado português, lamenta que o ministério da Saúde "não se interesse" por quem precisa desses materiais e que o Governo nunca o tenha contactado para dizer apenas: "Epá, obrigado pelo trabalho que está a fazer."
Carlos Quaresma atribui a culpa da situação do nosso país aos "senhores da política" porque "são todos aldrabões".
"Portugal devia ser um país de sol, de luxo, mas não é porque os políticos vivem de aparências. Se fossem como os políticos da Escandinávia, o país estava uma maravilha. Éramos o país de mais luxo no mundo", defende.
Carlos Quaresma lamenta também que haja "milhões e milhões" para o futebol, mas não haja para a saúde e a educação.
FONTE: Correio da Manhã
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