Decidida a terminar com o namoro da mãe, Itelvina Braga, de 53 anos, sequestrou, manietou, vendou e obrigou a progenitora a passar fome durante seis dias, na casa que ambas partilhavam na pacata aldeia de Paredes, em Bragança. Naquele período, a vítima, Maria Ermelinda Costa, de 68 anos, só teve uma refeição, arroz com carne. De resto, foi alimentada a pão e café. Defecou e urinou na cama. Como principal comparsa no crime, Itelvina contou com a ajuda de Eugénia Gonçalves, de 45 anos, irmã do namorado de Maria Ermelinda.
Preocupado com a amada, Daniel Gonçalves, com cerca de 70 anos, contactou as autoridades. Maria Ermelinda foi encontrada, anteontem à tarde, pelos inspectores da PJ de Vila Real. Além de estar visivelmente mais magra, após seis dias de terror, a vítima foi encontrada ainda manietada de pés e mãos à cama – com uma corda de amarrar fardos de feno –, e com os olhos e a boca tapados com um pano. Depois de ser resgatada da crueldade de que fora vítima, foi transportada para o Hospital de Bragança, no qual recebeu tratamento. Então, contou que só após 24 horas no cativeiro é que teve direito a alimentação.
Aos investigadores da PJ, Itelvina Braga confessou o crime e a co-autoria de Eugénia. Afirmou ainda que sequestrou a mãe no passado dia 22 e que só a pretendia soltar quando o namorado daquela voltasse para França. "A obrigação da minha mãe é cuidar de mim e do meu filho", terá dito ainda a mulher à PJ. Durante os seis dias de sofrimento, a mãe foi também roubada pela filha, que lhe ficou com 350 euros.
"A Eugénia era muito má e muito invejosa. Já a mãe e filha sempre se deram muito mal. Não imaginei tal crueldade", disse Angelina Barbosa, vizinha da família. As duas detidas pela Judiciária serão hoje presentes no Tribunal de Bragança.
FONTE: Correio da Manhã
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