15 de abril de 2011

Sexo no Hospital de Faro

Uma britânica, radicada no Algarve há cerca de sete anos, queixou-se ao Ministério Público de Albufeira de um médico-especialista do Hospital de Faro (HF), que acusa de abuso sexual. Os factos terão ocorrido em 2005, mas a relação entre ambos prolongou-se até há três meses. Só agora a vítima diz estar em condições de sustentar a acusação.

Julie, de 49 anos, diz ter sofrido "carícias sexuais" no peito e na vagina, contra a sua vontade, quando estava internada na Neurologia do HF e era doente do referido clínico. "Chamava-me para um gabinete, apalpava-me e acariciava-me. Na altura, estava muito vulnerável, tomando vários remédios. Não tinha reacção para acabar com a situação, que me incomodava", refere a queixosa, que afirma já ter sido ouvida pela Polícia Judiciária de Faro.

Quando teve alta, continuou o "assédio" por parte do médico, com quem teria relações sexuais. "Aproveitou--se da minha fragilidade e chegou a usar da força para satisfazer os ataques sexuais."

O médico visado admitiu ao Correio da Manhã ter mantido "carícias de cariz sexual" com a doente nas instalações do Hospital de Faro, mas "com consentimento" de Julie. "Quando começámos a relação, transferi a doente para outro médico", garante o clínico, que "diz estar a ser alvo de vingança por ter acabado o namoro". n

ADMINISTRAÇÃO DESCONHECE

O conselho de administração do Hospital de Faro (HF), em resposta a um pedido de esclarecimento sobre as queixas da cidadã britânica e a prática de sexo nas instalações da unidade – admitida pelo médico em declarações ao Correio da Manhã – afirmou "não dispor, até ao momento, de qualquer informação nem conhecimento formal, por parte de instâncias competentes".

A administração do Hospital de Faro garante que "não foi registado, nos serviços hospitalares responsáveis pela Gestão das Reclamações, qualquer tipo de reclamação por parte da utente sobre a situação descrita". "Face ao exposto, o Hospital de Faro não pode pronunciar-se sobre uma matéria que desconhece", refere o comunicado daquela unidade de saúde.

FONTE: Correio da Manhã

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