O actor norte-americano Dennis Quaid revelou, num artigo que escreveu para a revista ‘Newsweek’, que verbas destinadas ao fornecimento de cocaína chegaram a ser disfarçadas nos orçamentos dos filmes dos estúdios de Hollywood em que participou.
"Forneciam cocaína durante as rodagens porque toda a gente consumia. Em vez de se beber um cocktail, cheirava-se uma linha", escreveu no artigo ‘My Favorite Mistake [‘O Meu Erro Favorito’]’ o protagonista de filmes como ‘Sob Suspeita’ e ‘Morto à Chegada’.
Apesar de assumir que iniciou o vício da cocaína em 1974, quando terminou a faculdade e foi viver para Los Angeles, o ex-marido de Meg Ryan garantiu que a toxicodependência se agravou à medida que se embrenhava na indústria cinematográfica de Hollywood. "A minha vida estava a desmoronar-se, e eu dava conta disso, mas esperava que mais ninguém estivesse a reparar", escreveu na ‘Newsweek’.
Cocaína e Hollywood são palavras habitualmente empregadas na mesma frase há muito tempo, mas a confissão de Dennis Quaid – que fez a desintoxicação nos anos 90 – distingue-se por sublinhar como o vício foi ‘normalizado’ pela indústria cinematográfica até há pouco tempo. Sobretudo porque, ao contrário de outras substâncias ilegais, é vista como uma droga social, sendo raras as mortes por overdose.
Uma excepção foi o produtor Don Simpson, encontrado morto na casa de banho da sua mansão de Bel Air em 1996. O criador de ‘Top Gun’ não resistiu a um ataque cardíaco provocado por um cocktail de substâncias que incluía Valium, morfina, álcool e cocaína.
FONTE: Correio da Manhã
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