1 de junho de 2011

Encerramento de aeródromo gera contestações

O encerramento do aeródromo da Covilhã para instalação de um centro de dados (data center) da Portugal Telecom é contestado por alguns pilotos, professores e alunos de Engenharia Aeronáutica da Universidade da Beira Interior (UBI).

O investimento da Portugal Telecom (PT) vai rondar 30 a 50 milhões de euros e, segundo o presidente da Câmara Municipal da Covilhã, Carlos Pinto (PSD), "não há alternativa" para a construção daquela infra-estrutura.

O empreendimento será um dos maiores centros de armazenamento de dados da Europa e vai apostar na exportação de capacidade de armazenamento e aplicações, anunciou a PT em Fevereiro.

Um total de 1813 pessoas já assinaram uma petição criada na Internet pelo Núcleo de Estudantes de Engenharia Aeronáutica da UBI contra o encerramento do aeródromo "que os alunos usam regularmente", refere o documento.

Entre outras actividades, as duas pistas são palco de exercícios da Força Aérea, acolhem meios de combate a fogos e servem para testar aeronaves criadas na universidade - a única para além do Instituto Superior Técnico com formação em Aeronáutica no país.

Pedro Gamboa, presidente do Departamento de Ciências Aeroespaciais da UBI, considera que o investimento da PT é um pretexto para a Câmara aproveitar uma área maior para fins urbanísticos, desprezando "um dos melhores locais do país para planadores, voo à vela e instrução".

A Universidade, o Aeroclube da Covilhã e investidores "quiseram criar um centro de voo à vela no aeródromo há dois anos, mas a Câmara não autorizou", lamenta, numa queixa partilhada por Júlio Diniz, director do Aeroclube.

A associação recebeu uma carta do município para abandonar o aeródromo até 15 de Setembro, à qual vai responder que "não faz sentido que se perca esta infra-estrutura".

FONTE: Correio da Manhã

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