Aproveitou o facto de a família, da Póvoa de Varzim, ter dificuldades económicas e decidiu ajudá-la financeiramente. Rapidamente, o homem, de 56 anos, vendedor de publicidade, conseguiu obter a confiança de todos, em especial de uma filha do casal, de 14 anos, à qual comprou roupas novas e material para a escola.
Num dia de Fevereiro, convenceu-a a ir até à sua casa. Sozinhos na habitação, Andreia (nome fictício) foi agarrada à força, violada e ameaçada de morte pelo predador. Com medo, nunca contou aos pais. No passado sábado, sentiu-se mal e foi transportada para um hospital do Porto. Depois de examinada, foi-lhe dito que está grávida de quase dois meses.
Confrontada com a gravidez, Andreia não conseguiu mais esconder o medo que sentia e, em pranto, contou aos médicos tudo o que tinha acontecido na tarde de um dia de Fevereiro. De imediato, os médicos contactaram a Polícia Judiciária do Porto, que deteve o violador na casa onde foram consumados os abusos sexuais. O homem, casado e com filhos, foi ontem interrogado por um juiz, no Tribunal da Póvoa de Varzim, mas à hora de fecho desta edição ainda não eram conhecidas as medidas de coacção aplicadas.
Apesar de ter vivido em silêncio a violação, Andreia sempre pensou em primeiro lugar nos pais, os quais eram ajudados financeiramente pelo predador sexual há vários meses. Com medo de represálias, a menina não terá contado a ninguém aquilo que aconteceu no dia em que aceitou ir à casa do amigo da família e foi obrigada a manter relações sexuais com ele.
Os primeiros sinais de mal-estar começaram a ser visíveis após dois meses da violação. Os enjoos, as tonturas e as náuseas começaram a ser notórios e no passado sábado a menina foi mesmo levada à presença de um médico, que depois de a examinar a confrontou com a terrível realidade. Apesar de não ter menstruação, Andreia não suspeitava de que estava grávida. A mãe da menor também nunca desconfiou de nada.
FONTE: Correio da Manhã
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