Foi num apartamento virado do avesso e cheio de lixo que Bombeiros e PSP de Oeiras encontraram segunda-feira, ao final da tarde, o cadáver de José Manuel Sousa, que teria hoje 61 anos e não era visto pelos vizinhos desde 2007.
O apartamento, situado no nº 21 da rua Vera Cruz, em Santo Amaro de Oeiras, estava fechado à chave, sem sinais de arrombamento, e o corpo estava no quarto, em cima da cama. Segundo apurou o Correio da Manhã, José Manuel Sousa trabalhou como empregado bancário no Crédito Predial Português, que foi absorvido pelo Banco Santander, e estava reformado. Terão sido antigos colegas de trabalho que pediram à polícia para investigar, quando verificaram que as contas bancárias do falecido não eram movimentadas há bastante tempo.
Maria José, uma irmã do falecido, identificou ontem o corpo no Instituto de Medicina Legal de Lisboa. Foi a notícia publicada na edição de ontem do CM, sobre a descoberta do corpo, que alertou a família. Segundo apurou o CM, o ex-bancário não se dava com a família e já não haveria relacionamento há cerca de oito anos.
Os vizinhos de José Manuel Sousa afirmam que nunca viram o falecido acompanhado por outras pessoas e não estranham o facto de o apartamento estar cheio de lixo. "Ele não devia ser muito normal, porque o apartamento não tinha electricidade, água nem gás", disse ao Correio da Manhã Emílio Castro, que mora no 3º andar do edifício onde foi encontrado o cadáver.
A autópsia realizada no Instituto de Medicina Legal irá determinar a causa da morte.
FONTE: Correio da Manhã
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