4 de abril de 2011

Ex-sargento bêbedo tenta matar GNR

Encostou revólver carregado à barriga de militar e premiu gatilho mas munição não deflagrou.

Apanhado a conduzir com 2,7 g/l de álcool no sangue, o ex--sargento do Exército, de 38 anos, não olhou a meios para escapar à multa em Avanca, Estarreja, na madrugada de ontem. Assim que o teste do balão acusou positivo, foi ao seu carro buscar um revólver .32, encostou-o à barriga do militar da GNR que lhe fizera o exame e premiu o gatilho. Nenhuma munição, por pura sorte, deflagrou. O revólver, preparado com cinco balas, tinha um espaço livre no tambor. Terá sido isso que salvou o militar.

Após a tentativa falhada de homicídio, a GNR deteve de imediato o ex-sargento. Será hoje presente ao juiz de instrução criminal para aplicação de medidas de coacção.

O agressor foi interceptado pelos militares por volta das 02h00, altura em que a GNR de Avanca estava a realizar uma operação stop no centro da freguesia. Assim que o ex-sargento, que seguia com um amigo, saiu do carro os militares notaram de imediato que aquele estava bastante alcoolizado e exigiram que fizesse um teste que revelou uma taxa de 2,7 g/l de álcool no sangue – mais de cinco vezes superior aos 0,5 g/l permitidos por lei.

O condutor tentou então escapar à multa. Alegou que era sargento no Regimento de Engenharia de Espinho (de onde tinha sido despedido há já mais de um ano) e que era raro beber álcool.

Admirados, os militares da GNR perguntaram ao ex-sargento se tinha forma de comprovar que pertencia ao Exército. Este foi ao carro buscar o revólver legalizado e, sem que os militares tivessem tempo de reagir, encostou-o à barriga de um GNR.

Acto contínuo, o ex-sargento premiu o gatilho, mas acabou por não conseguir atingir o militar. Antes que tentasse disparar de novo, a patrulha agarrou-o e algemou-o de imediato. A GNR de Avanca ligou de imediato para o Regimento de Engenharia de Espinho a dar conta do que tinha acontecido, mas o Exército esclareceu que o suspeito já não exercia funções no local.

FONTE: Correio da Manhã

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