4 de abril de 2011

Bebé nasce no WC do hospital

Um filme de terror." É assim que Ana Sousa, de 38 anos, e Alexsandro Queiroz, de 35, descrevem o parto do filho no Hospital de Cascais. Adriano nasceu numa casa de banho do novo hospital às 03h55 de 22 de Março.

Ana foi ao hospital pela primeira vez às 23h11 de 21 de Março, "cheia de dores" e já com "contracções". Foi mandada para casa. "A médica disse que não estava na hora, que eu estava só de 36 semanas, e mandou-me tomar um banho e beber chá." Quando ia a chegar a casa, rebentaram-lhe as águas e voltou ao hospital, às 02h22, já de dia 22. O médico que a atendeu disse-lhe que "tinha quatro dedos de dilatação e que o parto ia demorar 12 horas".

"Já sentia a cabeça do bebé, gritei muito com dores, mas avisaram-me para não fazer escândalo. O médico disse que me ia dar epidural, mas depois foi atender outra pessoa, levaram-me para a sala de partos e deixaram--me sozinha", recorda Ana. O pior veio a seguir. "Uma enfermeira disse para ir à casa de banho fazer um clister. Sentei na retrete e quando fiz o clister senti uma dor horrível e o bebé caiu no chão", conta, revoltada com a situação: "Depois, vieram muitos para me ajudar e ainda riram, dizendo que ele estava com pressa de nascer. Foram negligentes. A única coisa que fizeram foi cortar o cordão e limpar o bebé."

Adriano continua internado e os pais receiam que a queda no parto tenha provocado lesões.

SEGUNDO PARTO COMPLICADO

O nascimento do primeiro filho do casal, Afonso, há três anos, nas antigas instalações do Hospital de Cascais, também não correu bem. "Levou quatro dias para nascer, apanhou uma infecção generalizada e ainda hoje é acompanhado. Eles evitam fazer cesarianas e quem sofre são as mães e as crianças", diz Ana Sousa. Para este segundo filho, Ana tinha uma gravidez considerada de alto risco, devido ao facto de ter 38 anos, e sente-se revoltada por não ter sido atendida com todos os cuidados no dia do parto.

FONTE: Correio da Manhã

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