Pais de Jeniffer não acreditam no suicídio da filha.
Solange Viturino não acredita que a filha se tenha suicidado. Na última vez que viu Jeniffer, a manequim brasileira de 17 anos que na sexta-feira de manhã apareceu morta junto à Torre de São Rafael, em Lisboa, esta estava "alegre e feliz". "Eu já li o bilhete de despedida que ela terá escrito e não reconheço a minha filha na carta", confessou ontem ao CM.
A missiva que Jeniffer terá escrito nos últimos minutos de vida está agora na posse da Secção de Homicídios da PJ de Lisboa. Solange teve o bilhete na mão e recorda o desespero da filha, que escreveu "estar farta da situação de violência", e que se "sentia culpada pelo fim do relacionamento de ambos". "A assinatura pareceu-me a dela, mas a carta está escrita com muito nervosismo", explicou. Oficialmente, Jeniffer Viturino e Miguel Alves da Silva, empresário de 31 anos dono do apartamento de onde a jovem brasileira saltou para a morte, já não namoravam. Durante cerca de um ano de relacionamento, Solange assegura que "houve casos de violência". "Há meses a minha filha chegou a casa a chorar. Explicou-me que tinha estado numa festa particular com o Miguel, e que este, num acesso de ciúmes, a espancou", recordou.
Os encontros dos ex-namorados continuavam "por paixão da Jeniffer". "Ele saíam, jantavam e ela dormia no apartamento dele", acrescentou. Na quinta-feira à noite, Jeniffer recebeu novo convite de Miguel Alves da Silva e preparou-se para sair na companhia da mãe. "Contou-me que já tinha a confirmação de uma agência para ir passar modelos a Nova Iorque e Milão no Verão", explicou Solange Viturino.
Jeniffer saiu de casa pelas 20h30 e nunca mais Solange a voltou a ver. Só pelas 12h00 de anteontem é que Solange recebeu um telefonema de Miguel Alves da Silva a relatar "uma grande tragédia". O empresário contou ter passado a noite no quarto sozinho, após discussão com a jovem brasileira, e que esta pernoitou na sala. De manhã, Miguel Alves da Silva acordou e assegurou à família da manequim que já não a viu em casa. "Só hoje [ontem], por telefone, é que ele disse que espreitou do 15º andar para baixo e a viu morta", explicou Solange Viturino.
Preferindo aguardar pela autópsia para saber o que se passou, a mãe opta por não procurar culpados. "Ela deve ser sepultada cá, junto dos amigos", concluiu, apoiada na dor por familiares.
PAI CHEGA AMANHÃ
Girley Viturino Silva, pai de Jeniffer, disse ao CM que conta chegar a Portugal amanhã. "Vou falar com a mãe da minha filha sobre o funeral dela", explicou. O pai da jovem manequim é descrente no suicídio da filha. "Algo deve ter acontecido entre ela e o namorado", opinou o progenitor da manequim.
CONHECERAM-SE NO ALGARVE NO VERÃO DE 2009
Jeniffer e Miguel Alves da Silva conheceram-se no Verão de 2009, na discoteca Sacha, em Portimão. Na altura a jovem manequim brasileira trabalhava com Helga Barroso, e travou conhecimento com o futuro namorado num evento organizado pela empresária. O relacionamento não começou de imediato, mas veio a consolidar-se graças ao facto de ambos frequentarem a noite. A Polícia Judiciária de Lisboa procura apurar os contornos deste passado.
VIDA DE PLAYBOY GRAÇAS A EMPRESA FUNDADO PELO PAI
Miguel Alves da Silva é actualmente sócio de uma importante empresa – fundada pelo pai, Luís Filipe Pereira Alves da Silva, falecido há cerca de quatro anos, vítima de doença prolongada – que se dedica a fornecer equipamento aeronáutico, comercializar peças e acessórios, material de detecção física e química e acessórios para automóveis. É fornecedor, entre outros, da TAP, Força Aérea Portuguesa, PSP, GNR e Autoeuropa. Entre 2008 e 2010 efectuou negócios com o Estado no valor de 1.253.115,30 euros, de acordo com o site da Transparência na AP. A empresa dispõe ainda de autorização concedida pelo Ministério da Defesa Nacional para o exercício da actividade do comércio de armamento, bens e tecnologias militares.
São, em parte, os rendimentos desta empresa que permitem a Miguel Alves da Silva levar uma vida de luxo. "Ele gere negócios em várias áreas, apesar de andar sempre na noite e ser mais conhecido por isso", conta ao CM fonte próxima do empresário, acrescentando: "A família dele sempre foi muito abastada, por isso ele não tem problemas de dinheiro". É essa "abundância" que lhe permite "pagar tudo a toda a gente quando sai à noite", refere uma amiga de Miguel. A mesma fonte garante: "Para o Miguel não importa o valor que paga. O que interessa é que ele e os amigos se divirtam. As idas a Ibiza, por exemplo, são frequentes". Apesar de a vida ser "fácil" para Miguel, uma amiga garantiu ao CM que o empresário "está traumatizado com tudo o que está a acontecer".
LOURA E MORENA, AS DUAS PENSAVAM SER A 'NAMORADA'
A fama de mulherengo de Miguel Alves da Silva é bem conhecida. Frequentador de "festas em clubes privados", o empresário sempre foi visto na companhia de mulheres bonitas. Apesar de Jeniffer Viturino considerar-se como a sua namorada, a verdade é que também Mikaela Castro pensava o mesmo, ainda que seja a única que o empresário reconhece como sendo sua namorada. Em comum, as duas jovens tinham um corpo escultural que lhes valeu serem a capa da mesma revista, a ‘J’, que serve de suplemento ao diário desportivo ‘O Jogo’. Contactada pelo CM, Mikaela Castro recusou falar do assunto.
FONTE: Correio da Manhã
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