Jorge Lacão, ministro dos Assuntos Parlamentares, tem um assessor de Imprensa socialista com um salário bruto mensal de 4089 euros, acrescido de IVA. Com este vencimento, Nuno Félix ganha quase tanto quanto o ministro, cujo vencimento-base, após os cortes salariais de 5% em 2010 e de 10% em 2011, caiu para cerca de 4300 euros por mês.
Nuno Félix, que foi candidato efectivo do partido à assembleia de freguesia do Lumiar nas autárquicas de 2009, assume que "é militante de base do PS", mas garante que "nada disso tem a ver com a contratação". E justifica o vencimento com a equiparação que lhe foi atribuída, em termos salariais, à remuneração dos adjuntos do gabinete do ministro.
Um documento da Secretaria-geral da Presidência do Conselho de Ministros, em que estão integrados os Assuntos Parlamentares, precisa que Nuno Félix tem uma avença, paga em 12 meses, para "prestação de serviços na área comunicacional" de apoio ao gabinete de Lacão. O contrato termina a 31 de Outubro de 2011.
Nuno Félix confirma o salário bruto de 4089 euros, mas frisa que, por passar recibos verdes, nesse valor está incluída a contribuição para a Segurança Social. E precisa as suas funções: "Eu presto assessoria ao nível do tratamento de dados e de comunicação e dou também algum apoio na assessoria de imprensa."
O assessor de Jorge Lacão refuta a suspeita de que tenha sido contratado por ser um boy do PS: "Eu nunca trabalhei para o Estado, trabalhei como consultor de empresas privadas, e nunca desempenhei qualquer função no Partido Socialista."
CANAVILHAS CONTRATOU 77
O Ministério da Cultura, tutelado por Gabriela Canavilhas, integrou 77 trabalhadores nos quadros da Função Pública em época de congelamento de admissões. O ministério sublinha, em comunicado, que se tratou da integração de funcionários em "situação precária" há vários anos", ou seja, da regularização da sua situação profissional.
FONTE: Correio da Manhã
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