Três agrupamentos complementares de empresas (ACE) criados pelos Serviços de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH) tiveram, em 2010, um passivo de 53 milhões de euros, a que se soma o passivo de 86 milhões de euros dos próprios SUCH, totalizando um ‘buraco’ financeiro de 139 milhões de euros.
A grave situação financeira dos três ACE – ‘Somos Compras’, ‘Somos Contas’ e ‘Somos Pessoas’ – levou o Ministério da Saúde, tutelado por Ana Jorge, a criar, em Março de 2010, os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), que absorveu os activos e passivos das empresas. Segundo apurou o CM, a falta de homologação das contas dos ACE pelo Ministério das Finanças fez derrapar ainda mais as contas destas empresas.
Essa derrapagem financeira levou os SUCH a pressionar os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde para acelerar o processo de transição das empresas. A necessidade de aceleração do processo de transição deve-se ao facto de os SUCH não terem capacidade económica para absorver o passivo de 53 milhões de euros dos agrupamento de empresas, porque têm um passivo superior – 86 milhões de euros. O CM sabe que recentemente houve negociações entre os responsáveis pelos SPMS e os ministérios das Finanças e da Saúde, para tentar solucionar o problema. Os SPMS ainda não têm estrutura orgânica definida.
O presidente dos SUCH, Nelson Baltazar, afirmou ao CM que "os agrupamentos foram aglutinados pelos Serviços Partilhados [do Ministério da Saúde]", sendo que a criação dos agrupamentos é anterior à sua gestão. O responsável não quis comentar a situação financeira das empresas.
Os agrupamentos iniciaram a actividade em 2008 e foram criados após o Ministério da Saúde ter convidado, em 2007, o SUCH a alargar as áreas de actividade.
Não foi possível obter, em tempo útil, um esclarecimento do Ministério da Saúde.
FONTE: Correio da Manhã
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