Um jovem australiano de 20 anos morreu quando estava a ser fotografado a equilibrar-se sobre uma varanda de um sétimo andar, em Brisbane, e caiu. A fotografia destinava-se a ser divulgada no Facebook de um movimento que já ultrapassou os 120 mil fãs na Austrália - o 'planking'.
Os seguidores deste movimento explicam, através das várias plataformas existentes na Internet, que o 'planking' consiste em alguém deitar-se em locais públicos com a cara voltada para baixo, os braços ao longo do corpo e os dedos dos pés a apontar para o chão. Quanto mais bizarro for o local em que as pessoas se colocam nesta posição, mais bem conseguida é a imagem.
Importante: o corpo deve estar equilibrado e rígido, como se fosse uma prancha. Daí surge a designação 'planking', que, numa tradução livre, significa "empranchar".
Era precisamente isto que o jovem australiano, Acton Beale, estava a fazer sobre um parapeito com cerca de cinco centímetros de largura, na varanda de um sétimo andar, enquanto um amigo o tentava fotografar.
A polícia australiana confirmou as circunstâncias da morte de Acton Beale e disse temer que outras mortes semelhantes possam suceder dada a crescente popularidade do 'planking' no país e apelou a que não arrisquem a vida para conseguir uma fotografia.
Por sua vez, a primeira-ministra Julia Gillard apelou a comportamentos mais seguros, frisando que "há uma grande diferença entre a diversão inofensiva e arriscar a vida".
A tragédia acendeu a polémica em torno do 'planking', cuja popularidade não se restringe à Austrália: o movimento existe e numerosos países, com adesão crescente de seguidores. Contudo, na Austrália, tem sido alvo de elevada atenção mediática desde que começou, há 11 anos.
"Não temos nada contra o 'planking' por si só.
Não há riscos para a saúde se alguém tirar uma fotografia 'empranchado' num banco de jardim. Mas preocupamo-nos com a ideia de começarem a subir a fasquia equilibrando-se em locais muito elevados", afirmou o comissário da polícia de Queensland Ross Barnett, em conferência de Imprensa.
E questionou: "Vale a pena ficar numa cadeira de rodas para impressionar alguém que não conhecemos na Internet?"
Veja o vídeo aqui: Youtube
FONTE: Correio da Manhã
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