"Os
desvios na execução orçamental de 2011 relativamente ao que estava
previsto no Programa de Assistência são superiores a 3000 milhões de
euros", afirmou Pedro Passos Coelho durante uma comunicação a partir do
Palácio de São Bento.
Num discurso onde
anunciou cortes históricos nos subsídios de férias e natal dos
trabalhadores e pensionistas da Administração Pública e Empresas
públicas, o primeiro-ministro dá indicação de um buraco bastante maior
que aquele que tinha vindo a ser indicado.
As
medidas de correcção para este ano, tal como já havia sido dito pelo
ministro das Finanças, Vítor Gaspar, passam por mais medidas
temporárias, como as receitas de concessões e transferências de fundos
de pensões da banca.
O valor que o
primeiro-ministro agora diz ser superior a três mil milhões de euros
supera largamente os dois mil milhões inicialmente previstos pelo
Governo, a que acresceram desvios com a Madeira e com o Banco Português
de Negócios, para um valor a rondar os 2.500 milhões de euros.
No
entanto, Passos Coelho refere-se no seu discurso a este desvio superior
a três mil milhões de euros apenas na vertente da execução orçamental,
que no Documento de Estratégia Orçamental é contabilizado sem as
despesas consideradas "one-off" - sem repercussão no próximo ano - que é
o caso de reclassificações de operações de capital e do BPN.
O
desvio de execução orçamental contabilizado pelo Governo nessa altura
era de 1,1 por cento do Produto Interno bruto, perto de dois mil milhões
de euros.
Acresce a este o desvio não
repetível noutros anos para 1,5 por cento do PIB, dando a entender que o
desvio total pode ser ainda maior.
FONTE: Correio da Manhã
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