27 de outubro de 2011

Dois professores sovados na sala

Luísa Conchinhas, professora da Escola Básica 3 (EB3) da Quinta do Conde, Sesimbra, foi espancada, anteontem, à frente dos seus 25 alunos, por se ter recusado a receber a mãe de duas crianças à hora por esta desejada. Menos de 24 horas depois, Paulo Pedro, professor na Escola Secundária Braancamp Freire, na Pontinha, Odivelas, era agredido a murro e pontapé por um aluno que havia expulsado da sala de aula. 

Na EB3 da Quinta do Conde, a agressão a Luísa Conchinhas foi o corolário de três anos de terror impostos por uma família na escola. "São pais de um menino e uma menina do 3º E", disse ao CM fonte da escola.
Pelas 13h45 de terça-feira, a mãe e uma irmã mais velha dos alunos foram à sala, e espancaram Luísa Conchinhas. A professora recebeu tratamento médico.
Na Pontinha, Paulo Pedro, de 50 anos, que lecciona Electricidade, foi agredido pelas 11h30 de ontem por Carlos, um aluno de 16 anos, na sala de aula, depois de o ter expulso. A direcção da escola não prestou declarações. 

ESTUDANTE COM HISTORIAL DE VIOLÊNCIA
Carlos é um aluno com um historial de violência com professores e colegas na escola Secundária Braancamp Freire, na Pontinha. Com a mãe desempregada e o pai, trabalhador da construção, Carlos tem 16 anos mas ainda não acabou o 9º ano. Está a tirar um Curso de Educação e Formação (CEF) para ter a escolaridade obrigatória. As faltas ou expulsões das salas de aula são uma constante. Ontem de manhã, foi expulso pelo professor Paulo Pedro, da disciplina de Electricidade, e foi impedido de entrar. Reagiu a pontapé.

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