Apifarma alertou ontem que há empresas em risco de suspender o fornecimento de medicamentos aos hospitais.
O Ministério da Saúde não vai pagar as dívidas à indústria
farmacêutica. São 1.230 milhões de euros, que os hospitais devem
actualmente aos laboratórios, segundo dados da Apifarma. "Não poderá
haver plano de pagamentos enquanto não houver dinheiro. E a ‘troika' não
prevê dinheiro para [hospitais] o sector empresarial do Estado ",
explicou fonte do Ministério da Saúde ao Diário Económico.
A solução passa por "atacar pelo lado da despesa" e conseguir "poder
negocial" junto da indústria, diz a mesma fonte. Olhando para o Serviço
Nacional de Saúde (SNS) como um sistema em que a despesa total nunca
diminui - pelo peso do envelhecimento da população e pelo preço da
inovação - a lógica é poupar num lado para tapar o buraco do outro.
A Apifarma (associação que representa a indústria) admitiu ontem que
já existem empresas a equacionar deixar de fornecer medicamentos aos
hospitais do SNS que não pagam as contas.
O alerta deixado pela associação faz soar novamente o alarme do
volume da dívida: são 1.230 milhões de euros que os hospitais devem
actualmente aos fornecedores da indústria farmacêutica, com um prazo
médio de pagamento de 420 dias, basicamente "um ano de fornecimentos
hospitalares a custo zero para os hospitais", revelou ontem a Apifarma.
FONTE: Diário Económico
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