Além dos 20 mil contratados com o lugar em risco, os sindicatos prevêem a dispensa de docentes do quadro.
"Há um clima de pânico e instabilidade entre os professores" avisa o
professor Paulo Guinote. Ao Diário Económico, o autor do blogue "A
Educação do meu Umbigo" assegura que "atendendo aos cortes e aos números
que estão no Orçamento de Estado "só os professores de matemática e
português estão seguros". E dá voz ao receios generalizados entre
docentes e sindicatos que, olhando para os objectivos de poupança na
Educação inscritos na proposta do OE/2012, estimam que, além dos vinte
mil professores contratados que não deverão ter lugar nas escolas no
próximo ano (como ontem avançou o Económico), outros dez mil
profissionais do quadro sejam arrastados para a mobilidade da Função
Pública.
Segundo o António Nabarrete, do secretariado nacional da Fenprof,
para atingir a poupança de 102 milhões com a "supressão de ofertas não
essenciais no ensino básico" (de um valor global de redução da despesa
em Educação e Ciência que deverá chegar os 864 milhões), há "dez mil
professores de quadro em risco."
No horizonte está a hipótese de Nuno Crato avançar com a fusão das
disciplinas de História e Geografia, o fim do par pedagógico de Educação
Visual e Tecnológica (passando de dois professores para apenas um), o
fim do carácter obrigatório da segunda língua estrangeira ou até a
redução de horas a Educação Física. " Um empurrão de milhares de
professores para os quadros de mobilidade da função pública", acrescenta
Nabarrete.
FONTE: Diário Económico
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