Um novo relatório da OCDE concluiu que os portugueses estão no ' top 3' dos mais infelizes entre os 40 países estudados.
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE)
utilizou dados a partir de 2010 para calcular a felicidade e o bem-estar
das pessoas em 40 países diferentes e investigou quais os factores que
têm maior influência sobre a felicidade das pessoas. Conclusão: Só os
chineses e os húngaros estão mais insatisfeitos do que os portugueses.
Os cidadãos da Dinamarca são os mais felizes. Numa escala de 0 a 10,
os dinamarqueses avaliam a sua satisfação com a vida em 7,8. Seguem-se
os cidadãos do Canadá, Noruega, Suíça, Suécia, Holanda, Austrália,
Israel, Finlândia, Irlanda, Áustria e Estados Unidos, onde as pessoas
classificaram a sua satisfação com a vida em 7,2.
A OCDE também investigou quais os factores de vida que têm maior
impacto no bem-estar. O grupo entrevistou mais de meio milhão de pessoas
a nível mundial numa pesquisa online, e comparou a felicidade e
satisfação com a vida com outros atributos, tais como a situação no
trabalho, a saúde, o sentimento de comunidade e a participação cívica.
A Organização descobriu que "ter um emprego é um elemento essencial
de bem-estar. Bons empregos fornecem ganhos, mas também moldam a
identidade pessoal e oportunidades para as relações sociais".
O estudo da OCDE revela ainda que passar pouco tempo no trânsito, ter
acesso a espaços verdes, ambientes limpos, passar tempo com amigos e
familiares e participar em actividades políticas relacionam-se
directamente com o sentimento de felicidade das pessoas, e têm um
impacto maior do que os rendimentos.
Dentro dos países, no entanto, o relatório descobriu que os níveis de
felicidade variam muito. "Alguns grupos da população, particularmente
os menos escolarizados e de baixos rendimentos, tendem a sair-se pior
sistematicamente em todas as vertentes de bem-estar", afirmou a OCDE.
"Por exemplo, vivem vidas mais curtas e relatam maiores problemas de
saúde, os seus filhos obtêm piores resultados escolares, participam
menos em actividades políticas, estão mais expostos ao crime e à
poluição, e tendem a estar menos satisfeitos com a sua vida como um todo
do que os mais educados e de maiores rendimentos", conclui a
instituição.
FONTE: Diário Económico
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