O
comentador e ex-líder do PSD proferiu estas declarações à margem da
apresentação do livro autobiográfico de António Sala "Memórias da Vida e
da Rádio dos Afectos".
Para o também
conselheiro de Estado, a lei que prevê subsídios de alojamento deve ser
repensada, sobretudo para os casos de políticos com casa própria em
Lisboa, mas residência permanente fora de Lisboa. Recorde-se que, não só
os governantes que têm subsídio para alojamento. Os deputados também
têm direito a ajudas de custo para o efeito.
Quanto
aos cortes a aplicar nas pensões vitalícias de políticos, Marcelo
recordou que sempre foi contra este tipo de pensões e que haja "uma
limitação". O professor e comentador frisa, contudo, que é preciso saber
o que pensa o Tribunal Constitucional. "Há sempre um grande medo que o
Tribunal Constitucional considere inconstitucional por ser retroactivo e
atingir direitos fundamentais", explicou. Por isso, o "ideal seria
saber se o Tribunal Constitucional continua a considerar
inconstitucional acabar com essas pensões". Não sendo possível o cenário
ideal de acabar com todas as pensões e subvenções já atribuídas, então,
que avalie, junto do Palácio Ratton, a solução de tectos.
A
discussão sobre as pensões vitalícias surge numa semana em que o
Parlamento começa a discutir o Orçamento de Estado para 2012 e está
prevista a suspensão por dois anos dos subsídios de férias e Natal para a
Função Pública, entre outras medidas de austeridade que afectam os
reformados. Recorde-se que não há nada na lei que proíba ou condicione
um ex-político de acumular uma pensão vitalícia com salários do sector
privado.
FONTE: Correio da Manhã
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