O
Governo vai impor tectos máximos às subvenções vitalícias dos políticos
e cortar nas acumulações com vencimentos privados. O ministro dos
Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, diz ao CM que "o Ministério das
Finanças está a estudar os cortes e fim das acumulações para quem assume
funções no sector privado", tal como já acontece a quem exerce outros
cargos públicos.
Vítor Gaspar avança assim com a
vontade de impor aos antigos políticos que recebem pensões vitalícias as
medidas de austeridade pedidas à maioria dos portugueses no Orçamento
do Estado para 2012. Até aqui, todos escapavam a cortes de subsídios,
uma vez que são pagas em 12 mensalidades. Segundo o relatório anual de
2009 da Caixa Geral de Aposentações, a pensão para toda a vida foi
atribuída a 383 ex-políticos e em 2010 aumentou para 399. Entre eles
constam alguns gestores de grandes empresas privadas, como Jorge Coelho,
Dias Loureiro, Ângelo Correia e Armando Vara. Dos ex-políticos
contactos pelo CM, todos concordam com os cortes nas suas pensões.
O
Orçamento para 2012 atribui 7,8 milhões para pagar subvenções
vitalícias, mas a despesa acumulada ronda cerca de 90 milhões de euros. A
suspensão ou extinção das pensões políticas dava para pagar um subsídio
de férias ou de Natal a 12 mil trabalhadores.
FONTE: Correio da Manhã
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