Hulk
foi acusado pelo Ministério Público (MP) de um crime de ofensa à
integridade física, no âmbito do processo das agressões a dois
seguranças no túnel da Luz, aquando do Benfica-FC Porto (1-0), em 20 de
Dezembro de 2009, e arrisca pena de prisão efectiva de três anos, se for
condenado em julgamento.
Além de Hulk, o MP,
através do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa,
deduziu ainda acusação contra Sapunaru, Helton, Cristian Rodríguez e
Fucile. Para Sapunaru (dois crimes), a procuradora adjunta Filomena
Rosado recomenda que, se for condenado, a pena seja inferior a cinco
anos de prisão, por não ter antecedentes penais nem ter provocado
consequências especialmente graves nos seguranças. Os restantes (um
crime) podem apanhar até três anos de prisão, de acordo com o que está
previsto no Código Penal, artigo 143º, nº 1 (ver peça ao lado).
Segundo
a acusação, a que o CM teve acesso, foi dado como provado que os
jogadores agrediram os seguranças Ricardo Silva e Sandro Correia.
De
acordo com o MP, após a partida, Hulk, Sapunaru, Helton, Fucile e
Rodríguez socaram e pontapearam os dois seguranças. Sapunaru desferiu um
soco que atingiu Sandro Correia na testa, seguido de um pontapé no
abdómen. Hulk também lhe acertou com um pontapé no abdómen e Helton
imitou o colega, mas acertou na virilha direita do ofendido. Ficou
também provado que Ricardo Silva levou socos e pontapés de Fucile
(membros inferiores, região lombar, pescoço e cabeça), Sapunaru e
Cristian Rodríguez.
Ainda de acordo com o MP, as
agressões começaram quando alguns dragões se travaram de razões com a
equipa de arbitragem, chefiada por Lucílio Baptista, que estava separada
dos futebolistas por um cordão de segurança, formado pelos ofendidos e
demais vigilantes em serviço na Luz.
O MP
sustenta que os arguidos empurraram os seguranças para acederem ao local
onde estavam alguns elementos da equipa de arbitragem.
"Eu
vou-lhe partir a cara; você está a improvisar connosco desde o início",
disse Hulk (segundo o MP) a Sandro Correia, antes de consumar as
agressões.
FONTE: Correio da Manhã
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