Chocada
com a notícia da morte do seu aluno, a docente disse ainda que Rafael
era um estudante com "necessidades especiais e era acompanhado por um
psiquiatra, mas nada fazia prever tal tragédia". O corpo de Rafael
Pereira é hoje autopsiado no Instituto de Medicina Legal de Lisboa.
"Custa acreditar que ele morreu", concluiu a professora, que não se quis
identificar.
Ontem, o ambiente era de
consternação em casa da mãe de Rafael. "Estamos a sofrer muito", disse
uma familiar, não acrescentando mais qualquer esclarecimento. O CM sabe
que o pai e a avó já estão em Lisboa. Mal souberam da morte do menino
viajaram desde o Alentejo.
A par da violência
escolar (bullying) de que era alvo, física e psicológica, Rafael tinha
ainda problemas relacionados com hiperactividade, o que lhe valia vários
conflitos com os professores e colegas, que com ele frequentavam o 5º
ano.
Na semana passada, a mãe tinha sido chamada
pelo director de turma por causa de problemas com professores e colegas.
De resto, ao que o nosso jornal apurou junto de vizinhos, a família é
ajudada pela Segurança Social. Na casa da mãe de Rafael vivem mais duas
tias e um sobrinho que ali vai passar alguns fins--de-semana – está
institucionalizado. Rafael, filho único, quando podia visitava o pai no
Alentejo. Este tem problemas de toxicodependência.
FONTE: Correio da Manhã
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