Dos
subsídios concedidos, 623.863,52 euros foram atribuídos pelo Fundo de
Relações Internacionais (FRI), enquanto 136.849 euros foram entregues
pela Direcção-geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades
Portuguesas.
Os valores atribuídos pelo FRI
beneficiaram 77 organizações, na sua maioria (64) consulados honorários
no estrangeiro, mas também associações em Portugal. Os consulados
honorários de St. Helier, nas ilhas do Canal, (39.500 euros) e de
Waterbury (30.875 euros), nos Estados Unidos, foram os que receberam
valores maiores.
Entre as instituições
subsidiadas em Portugal, destaca-se o Instituto Português de Relações
Internacionais (IPRI) da Universidade Nova, que recebeu em Janeiro um
subsídio de 16.762,38 euros e, em Junho, outro de 50 mil euros.
Foram
ainda concedidos 45 mil euros ao Colégio Português de Kinshasa, 20 mil
euros à União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA) e 12.500
euros à Comissão Portuguesa do Atlântico. Entre as associações
portuguesas no estrangeiro, o maior apoio foi para a Associação
Luso-Americana de Estudantes de Pós-Graduação e para a Coordenação das
Colectividades Portuguesas de França, com 15 mil euros cada.
O
valor mais baixo para uma instituição foram os 300 euros concedidos à
Associação "Galeria de Arte Portugal Presente", de França. A criação de
uma sala de cinema, celebração de efemérides como o 25 de Abril ou o Dia
de Portugal, visitas e bolsas de estudo e aquisição de instrumentos
musicais foram alguns dos projectos apoiados pelo Governo português.
Foram ainda concedidas verbas entre 50 e 403 euros a título de apoio social a nove cidadãos portugueses no estrangeiro.
Os
apoios financeiros do Estado ao movimento associativo português no
estrangeiro foram na sexta-feira objecto de um pedido de explicações do
deputado social-democrata eleito pela Europa, Carlos Gonçalves, ao
Governo.
O deputado pediu ao Ministério dos
Negócios Estrangeiros a listagem dos apoios concedidos às associações
portuguesas no estrangeiro - nomeadamente as da Europa, entre 2009 e o
primeiro semestre de 2011 -, com a respectiva indicação dos programas
apoiados.
Carlos Gonçalves deu conta, numa
pergunta ao MNE, de queixas sobre a falta de apoios ao movimento
associativo e sobre a natureza dos projectos apoiados, adiantando que as
associações têm dificuldades em conseguir apresentar convenientemente
os projectos e recorrer às ajudas.
FONTE: Correio da Manhã
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