21 de setembro de 2011

250 mil não têm direito a subsídio

Quase metade dos portugueses inscritos nos centros de emprego não recebe subsídio de desemprego. Segundo os últimos dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), ontem revelados, em Agosto havia quase 250 mil à procura de trabalho sem receber esta prestação social.

No entanto, o Governo quer reduzir os gastos com esta prestação, quando as perspectivas apontam para uma subida da taxa de desemprego para valores recorde em 2012. Entre as alterações enviadas aos parceiros sociais está o corte de 10 por cento no valor da prestação a partir do sexto mês e a redução da duração do subsídio para um máximo de 18 meses. O valor máximo fica limitado a 2,5 vezes o Indexante de Apoios Sociais (IAS), ou seja, 1048 euros, mas bastam 12 meses de descontos para ter direito ao apoio social, ao contrário dos actuais 15 meses. As alterações só terão efeito depois da legislação entrar em vigor.

O fim dos contratos a prazo continua a ser a principal razão para a inscrição nos centros de emprego (21 150 em Agosto), mas uma nova tendência começa a revelar-se nos últimos meses; a dos estudantes universitários que terminam o curso e não conseguem entrar no mercado de trabalho. Em Agosto foram 4706 novos estudantes inscritos. O valor médio do subsídio de desemprego pago no último mês foi de 531 euros.

SUBIDA FACE AO MÊS DE JULHO

O número de desempregados inscritos nos centros de emprego caiu 3 por cento em Agosto face a igual mês do ano passado mas regista uma subida de 1,8 por cento relativamente ao mês de Julho.

Segundo dados divulgados ontem pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), liderado por Francisco Madelino, os desempregados de longa duração sofreram um aumento de 0,3 por cento.

Para Arménio Carlos, dirigente da CGTP, "o que se verifica neste momento é uma situação extremamente perigosa que resulta do facto de mais de metade dos desempregados não receberem qualquer tipo de subsídio de desemprego", considerando que esta situação resulta da recessão económica.

FONTE: Correio da Manhã

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