O cabeça-de-lista do PSD-Madeira às eleições legislativas de Outubro, Alberto João Jardim, garantiu nesta quinta-feira que, apesar do contexto de dificuldades económicas, vai continuar a fazer obras e não despedirá ninguém da função pública.
“Nem paro com as obras, nem vou afastar ninguém da função pública”, declarou Jardim num dos comícios da pré-campanha, na freguesia do Jardim da Serra, no concelho de Câmara de Lobos.
Salientou que esta iniciativa era especial, porque tinha proposto a criação da freguesia, considerando que pode “juntá-la” àquilo que criou na vida, como “uma espécie de filho diferente”.
O candidato do PS a presidente do governo regional, Maximiano Martins, voltou a ser um dos alvos das críticas do líder social-democrata madeirense, que o acusou de ter colaborado com José Sócrates, no que disse ser o “roubo” de meios financeiros à região para “dar aos cofres do Estado e entregar aos Açores”.
Para Jardim, Maximiano Martins “é sinistro, um antigo comunista, que veio do Partido Comunista, que quando caiu o muro de Berlim, como qualquer rato, abandonou o navio quando começou a meter água. Ele abre empresas e fecha empresas”, acusou.
No mesmo registo, considerou a “maior anedota portuguesa dos últimos meses” a composição de governo sombra divulgado pelo cabeça de lista do PS-M.
Também criticado foi o líder e candidato do CDS/PP-Madeira, José Manuel Rodrigues, que voltou a ser classificado de Pôncio Pilatos, porque se absteve na aprovação da lei das finanças regionais, que Jardim considerou ter penalizado a região.
“Posso ter defeitos, mas prometo que até a hora da minha morte não deixo a Madeira voltar para trás”, garantiu Jardim, censurando igualmente os ingleses, que predominaram na região durante muito tempo.
“O PS e CDS e outros partidos não são mais do que marionetes nas mãos dos ingleses e capitalistas disfarçados de Esquerda, para fazerem que a Madeira volte para trás e o PSD saia do Governo”, argumentou o líder regional.
Alberto João Jardim salientou que, neste contexto de resgate financeiro, se os madeirenses têm de participar nos sacrifícios para ajudar a resolver a situação do País, como a região “também tem problemas financeiros, porque teve de fazer uma dívida depois do que fizeram à Madeira, vai-se regularizar não apenas a dívida de Portugal mas também a da Madeira”.
Jardim voltou a afirmar que propõe quatro objectivos para o próximo mandato de quatro anos: a regularização da dívida, que “é fundamental para irmos calmamente”, manter o Estado social, porque “nos anos difíceis por causa do descalabro que os socialistas trouxeram ao País, o Governo não pode abdicar deste campo”, alargar a autonomia e concluir as obras que estão a fazer e lançar novas.
FONTE: Correio da Manhã
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