19 de setembro de 2011

Menina de 14 anos abusada durante quatro dias em prisão brasileira

Uma adolescente de 14 anos foi abusada sexualmente durante quatro dias por grande número de presidiários numa cadeia do estado brasileiro do Pará, para onde foi levada por uma desconhecida. Aproveitando um descuido dos captores, a jovem conseguiu fugir e pediu ajuda à polícia, que a levou primeiro para o hospital e depois para um abrigo.

Segundo o relato que fez à polícia e ao Conselho Tutelar de Menores, foi violada de forma consecutiva durante quatro dias, passando de preso em preso. A menina diz não ter condições de calcular quantos homens abusaram de si, pois as violações ocorreram dia e noite e a certa altura, com o sofrimento e exaustão, perdeu a noção do que estava a acontecer.

A adolescente contou que foi abordada, juntamente com outras três menores, na Praia do Outeiro, região metropolitana de Belém, a capital do estado, por uma desconhecida que lhes ofereceu um trabalho e a possibilidade de ganharem algum dinheiro. Garante que não sabia que ia ser levada para uma prisão, e só percebeu quando já era demasiado tarde para fugir.

As quatro foram levadas pela mulher para a Colónia Penal Agrícola Heleno Fragoso, em Santa Isabel do Pará, a 50 quilómetros de Belém, e colocadas na área reservada a presos, o que é totalmente ilegal. Todas começaram a ser abusadas imediatamente e quem tentava resistir sofria agressões dos homens.

Só no quarto dia a menina conseguiu fugir da cadeia e pediu socorro a polícias que faziam ronda perto do local. O governo do Pará já exonerou o director da prisão e suspendeu os 20 agentes prisionais que estiveram de serviço no período relatado pela menor.

As outras três adolescentes desapareceram e, segundo a polícia, estão a ser mantidas escondidas pela aliciadora, que as tirou da prisão assim que a outra menina fugiu. O governo estadual do Pará tenta perceber o que aconteceu exactamente e como é que uma desconhecida e quatro adolescentes conseguiram entrar com tranquilidade numa prisão e como os abusos sexuais não foram detectados ou foram permitidos pelos guardas prisionais.

FONTE: Correio da Manhã

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